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O tempo do indígena é circular, e a literatura indígena acompanha esse tempo
Rio Grande
Publicado em 22/04/2024

Márcia Wayna Kambeba, da etnia Omaguá/Kambeba, nasceu em uma aldeia ticuna na comunidade de Belém do Solimões, atualmente no município de Tabatinga (AM). Poeta e geógrafa, é mestre pela Universidade Federal do Amazonas, com uma pesquisa que relaciona território e identidade étnica.

Em sua produção poética, Márcia se aproxima da literatura de cordel para refletir sobre questões como a violência contra os povos indígenas e os conflitos trazidos pela vida na cidade.

Mãe de Carlos Augusto, diagnosticado com o transtorno do espectro autista, lançou recentemente um livro infantil ("Curumim Wirá e os Encantados", de 2023) onde narra as dificuldades enfrentadas por um menino indígena com restrições cognitivas.

Em entrevista exclusiva para o furg.br, a escritora falou de sua trajetória e aponta outras formas de narrar a história indígena, a partir de uma temporalidade atravessada por sua subjetividade artística e pela história e memória cultural dos povos originários - pois, como escreveu em sua poesia "União dos Povos", que marca o Abril Indígena da FURG este ano: "Nós, povos indígenas habitantes do solo sagrado, mesmo sem nossa aldeia somos herdeiros de um passado".

Fonte Furg

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