A Portos RS prevê para o mês de novembro a realização da segunda etapa da dragagem de manutenção do canal de acesso ao Porto do Rio Grande. O objetivo da obra é manter a eficiência do calado operacional e assim trazer segurança às operações de entrada e saída de navios na área do complexo portuário rio-grandino.
De acordo com a Diretoria de Infraestrutura da Empresa Pública, serão contempladas com essa obra as áreas dos canais externo, interno e do Porto Novo. A estimativa é de retirar 2,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos, com o uso de equipamentos modernos e em aproximadamente 80 dias de trabalho.
O diretor de infraestrutura de Portos RS, Lucas Meurer, disse que “o principal objetivo desta obra pelo segundo ano consecutivo é, além de aumentar o calado operacional para permitir que embarcações maiores possam cada vez mais utilizar o Rio Grande como uma rota frequente, é também mostrar ao mercado que a cidade tem planos de se tornar o principal hub do Conesul para a coleta de navios de contêineres”.
O contrato entre a Autoridade Portuária e a empresa Van Oord Serviços de Operações Marítimas, vencedora da licitação, foi assinado nesta quinta-feira (26), em cerimônia que contou com a presença do governador do estado, Eduardo Leite, o secretário de Logística e Transporte Juvir Costella, secretário de Desenvolvimento Econômico Ernani Polo e a secretária de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans. A atividade está orçada em R$ 94,5 milhões e é considerada essencial para as operações do Porto do Rio Grande, cuja realização está prevista na Licença de Operação do cais público rio-grandino.
É uma dragagem que permite a navegabilidade do canal, fazendo com que não existam obstáculos capazes de causar danos às embarcações, como encalhes, por exemplo. A realização do processo de forma anual tem como benefício a redução do volume de sedimentos e a diminuição do tempo de trabalho. Além disso, o canal dragado garante competitividade ao Porto do Rio Grande e fortalece o sistema hidroportuário como um todo, a partir do aumento das movimentações.
A quantidade de material que será retirada foi exigida por meio de uma batimetria prévia que auxiliou no planejamento da obra. Já durante sua realização, o sedimento dragado será descartado em área licenciada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o monitoramento desse sedimento sendo feito pelo sistema SiMCosta.
Toda obra com essa finalidade é autorizada pela autoridade ambiental competente, nesse caso o Ibama, e precedida de um processo documental denominado Plano de Dragagem. Já os ciclos de dragagem, que consistem na sucção do material e no descarte, serão acompanhados por técnicos ambientais do Porto RS, do Ibama e da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, comentou que "esses investimentos fazem parte do planejamento estratégico e do Plano Orçamentário da Portos RS. No ano passado, o governador executou a extensão da Autarquia e efetuou a criação da Empresa Pública para que tivéssemos a capacidade de fazer os investimentos necessários. O que nós viemos fazendo é a execução desses importantes investimentos em infraestrutura, inovação e tecnologia para a melhoria do complexo portuário do Rio Grande do Sul".
Fonte e imagem; Portos RS