Chegou na semana passada ao Porto do Rio Grande o segundo lote de pás que irá compor os aerogeradores do parque eólico Coxilha Negra, que está em construção na cidade de Santana do Livramento. O cais público rio-grandino está sendo o ponto de coleta das peças que estão sendo produzidas no estado do Ceará e transportadas em um processo de navegação chamado de cabotagem.
Para retirar as barcaças de transporte são necessários dois guindastes de terra, em uma operação considerada delicada e de extrema sincronia. As pás são obrigatórias na origem obedecendo a uma ordem de descarga que precisa ser observada no momento do desembarque em Rio Grande, a fim de garantir que cheguem nos parques de montagem na ordem correta de proteção nas torres.
O primeiro carregamento chegou ao município em novembro e a tendência é que os desembarques sigam ao longo de 2024. O desenvolvimento de projetos que tenham como base a produção de energia por meio de recursos renováveis estão se tornando cada vez mais comuns no Rio Grande do Sul tem como objetivo se tornar o principal hub desse setor no Conesul, com os portos exercendo papel fundamental nessa rede logística.
O aquecimento desse mercado motivou o Porto RS a concentrar seus esforços também na necessidade de adequação do cais do Porto do Rio Grande para a coleta desses materiais, os quais possuem dimensões significativas. Uma das alternativas foi a pavimentação de trechos na área de atração que permite o armazenamento dos equipamentos até a conclusão do desembaraço e o início do transporte.
Para se tornar um facilitador e até mesmo um incentivador de projetos dessa natureza, as diretorias de Operações e de Infraestrutura da Autoridade Portuária trabalharam de forma conjunta para a criação de um portão para facilitar a saída dos caminhões que se encontram de maior espaço para manobrabilidade, em razão do tamanho das pás que chegam a atingir 72 metros de comprimento.